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A voz além das palavras: o desafio de incluir crianças autistas

AL9 ComunicacaoAL9 Comunicacaoabril 24, 2025 294 Minutes read0

As formas de comunicação vão além da fala. Muitas crianças autistas, especialmente nas fases iniciais do desenvolvimento, se comunicam por gestos, expressões, olhares, sons — e todas essas formas são legítimas, é preciso ter um olhar mais empático, que reconhece e respeita diferentes modos de expressão.

Diagnosticado com  autismo nível 1, o garoto B.S. de 7 anos, filho da cantora e escritora  Jessika Gonçalez sofreu discriminação em um ambiente que deveria ser de acolhimento, uma instituição religiosa para brasileiros na Califórnia, EUA. 

A história do garoto brasileiro de 7 anos, diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA) nível 1, escancara o preconceito que muitas crianças enfrentam diariamente. Até recentemente, a criança apresentava dificuldades significativas de linguagem, o que se tornou motivo de exclusão em um ambiente que deveria acolher: a igreja. Por não se comunicar verbalmente, foi impedido de participar de uma peça teatral infantil 

“Ele queria muito participar, mas disseram que não podia. Isso partiu meu coração, por dois motivos, em primeiro lugar como mãe e em segundo como brasileira, pois a comunidade religiosa é uma comunidade de brasileiros, onde eu esperava ser acolhida com a minha familia”, relatou a mãe, emocionada. 

Casos como esse não são isolados. Crianças autistas, mesmo com alto grau de funcionalidade, enfrentam diariamente barreiras invisíveis impostas por uma sociedade que ainda não compreende as múltiplas formas de comunicação, expressão e socialização do espectro autista.

Episódios semelhantes em outros ambientes, como escolas e espaços públicos, onde a falta de preparo de educadores e líderes comunitários reforça o ciclo de exclusão diariamente. 

“O preconceito não está só em não chamar para brincar, em participar do teatro. Ele está em não adaptar atividades, em não ouvir os pais, em não tentar entender o diferente”, afirma a mãe da criança, a cantora Jessika Gonçalez.

A mãe salienta que tanto na escola quanto no serviço de saúde que atende o garoto, ele sempre foi bem tratado e acolhido, com todos os recursos disponíveis para o seu desenvolvimento, mas foi diferente na comunidade religiosa em questão.

E concluiu que em outra igreja, desta vez americana, o garoto conseguiu participar do teatro, ser tratado com dignidade e ser incluído na comunidade.

Especialistas alertam: falta de informação gera exclusão. 

De acordo com a psicopedagoga Mariana Oliveira, o autismo é uma condição do neurodesenvolvimento que pode afetar a comunicação, a interação social e o comportamento, mas isso não significa limitação de potencial. “Cada criança autista é única. Quando negamos a participação delas por não se encaixarem em padrões tradicionais, estamos reforçando o capacitismo e prejudicando o desenvolvimento emocional”, explica.

O caso também levanta um debate importante sobre o papel de instituições religiosas e educacionais na inclusão de pessoas neurodivergentes. A pedagoga e ativista em inclusão, Laura Mendes, lembra que “não basta dizer que acolhe, é preciso estruturar o acolhimento com ações concretas, formação e empatia”.

Dados que reforçam a urgência da inclusão

  • Estima-se que cerca de 2 milhões de pessoas vivem com o autismo no Brasil, representando aproximadamente 1% da população nacional.
  • Nos Estados Unidos, segundo o relatório mais recente do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), divulgado em abril de 2025, estima-se que 1 em cada 31 crianças de 8 anos seja diagnosticada com autismo, representando 3,22% da população nessa faixa etária.
  • Segundo o Censo Escolar 2023, o número de alunos com autismo matriculados nas escolas brasileiras cresceu 48% em relação ao ano anterior, totalizando 636 mil estudantes. ​ 
  • Apesar do aumento nas matrículas, uma pesquisa revelou que 55,1% das crianças autistas já sofreram preconceito na escola por serem autistas. ​

Esses dados evidenciam a necessidade urgente de promover a inclusão e combater o preconceito em todos os ambientes sociais.

Uma infância marcada pela resistência

Apesar dos desafios, o garoto hoje se comunica com muito mais desenvoltura. Sua história é, também, uma trajetória de superação, resiliência e amor familiar. Ainda assim, o episódio na igreja e outras situações similares deixam cicatrizes invisíveis.

“A luta contra o preconceito passa, necessariamente, pela informação. Quanto mais a sociedade conhecer sobre o espectro autista, menos espaço haverá para exclusões como essa”, acrescenta Jessika.

A história do menino é um reflexo de uma realidade enfrentada por muitas crianças autistas aqui no Brasil. É fundamental que instituições, educadores e a sociedade em geral façam uma reflexão sobre as barreiras (sociais, institucionais e afetivas) que impedem a verdadeira inclusão de crianças autistas e estejam preparados para acolher e incluir todas as crianças, respeitando suas particularidades e promovendo um ambiente de empatia e compreensão.​

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